A agência de classificação de riscos Moody’s anunciou, nesta quarta-feira 1, que manteve a nota de crédito do Brasil no nível Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de ‘estável’ para ‘positiva’.
O nível BA2 coloca o país no chamado “grau especulativo”, indicando um risco maior para investimentos estrangeiros.
Ao indicar um viés positivo na análise a agência sinalizou, no entanto, que pode elevar a nota de crédito no futuro.
“A Moody’s avalia que as perspectivas para o crescimento real do produto interno bruto (PIB) do Brasil são mais robustas do que nos anos pré-pandêmicos, como consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas”, diz um trecho de comunicado da agência.
A análise ainda aponto que um “crescimento mais forte” e uma “consolidação fiscal” podem estabilizar o peso da dívida nas contas públicas, mas aponta que “há riscos” para a continuidade dessa melhora.
O Brasil chegou receber o grau de investimento da Moody’s entre 2009 e 2015, e vem se mantendo na nota de crédito Ba2 desde então.
A nota de crédito é usada pelos investidores para avaliar em quais países ou empresas o investimento é mais seguro. Se a nota é mais baixa, o risco é maior, o que, em economia, significa cobrar juros mais altos.
Outras duas agências atuam na concessão do chamado grau de investimento às economias globais: a S&P Global Ratings e a Fitch. Em dezembro de 2023, a S&P elevou a nota do Brasil de BB- para BB. Assim como na escala da Moody’s, o Brasil ficou a dois degraus do grau de investimento.