A Justiça autorizou, nesta quarta-feira 8, a destruição de imediata de 100 mil vasilhames apreendidos pelas forças de segurança de São Paulo nas operações contra a falsificação de bebidas alcoólicas com metanol. A autorização, dada pelo juiz Lucas Bannwart Pereira, atende a uma solicitação feita pela Polícia Civil.
O magistrado destacou que os recipientes foram encontrados em uma suposta empresa de recicláveis que comercializava garrafas de diferentes bebidas destiladas sem controle sanitário, de origem ou de destinação, além de não realizar procedimentos de higienização.
“Considerando o potencial lesivo da mercadoria apreendida, porquanto não passam por qualquer tratamento sanitário, higienização, limpeza, etc., segundo o próprio proprietário, a manutenção das referidas mercadorias, por si só, representa potencial e concreto risco a um sem número de pessoas que podem ser expostas a eventuais substâncias presentes nestes vasilhames”, afirmou Bannwart Pereira.
O governo de São Paulo adotou a medida de destruir os recipientes apreendidos no contexto dos casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas. Segundo a gestão estadual, 16 mil garrafas foram apreendidas desde o dia 29 de setembro, durante 6 mil ações de combate à falsificação e à adulteração de bebidas.
Casos suspeitos e mortes confirmadas
São Paulo concentra 176 casos suspeitos de intoxicação por metanol, sendo 18 confirmados e 158 em investigação.
Três óbitos no estado por ingestão de metanol em bebidas alcoólicas foram confirmados. Duas dessas mortes ocorreram na capital. A terceira morte foi registrada em São Bernardo do Campo.
Outros sete óbitos no estado estão em investigação e ocorreram na cidade de São Paulo (4), em São Bernardo do Campo (2) e em Cajuru (1).