O ministro do Turismo Celso Sabino comunicou ao presidente Lula (PT) nesta sexta-feira 19 que pedirá demissão após o União Brasil determinar a entrega dos cargos no governo. Com isso, ele retomará o mandato de deputado federal, do qual estava licenciado, após dois anos na Esplanada dos Ministérios.
Quando foi escolhido pelo petista para chefiar a pasta, sua cadeira na Casa ficou sob o comando do seu primeiro suplente Hélio Leite, à época secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica do Pará. No ano passado, porém, o ex-gestor venceu a eleição à prefeitura de Castanhal, cidade da região metropolitana de Belém.
A vaga, então, passou a ser ocupada pelo Pastor Cláudio Mariano, segundo suplente da sigla. O político, como o nome sugere, é líder religioso e atua na igreja Ministério de Madureira das Assembleias de Deus.
Durante o período em que passou na Câmara, apresentou apenas três projetos próprios. As outras seis proposições que constam no Portal da Casa dizem respeito a matérias de colegas que Mariano apoiou, a exemplo do requerimento que pede a criação de uma CPI para investigar supostas “práticas abusivas realizadas por operadoras de planos de saúde”.
Demissão a contragosto
Sabino deixou o governo contrariado. Ele passou os últimos dias tentando costurar um novo acordo que permitisse que ele se mantivesse no comando da pasta. Seus correligionários, porém, não deram aval para os caminhos apresentados por Sabino e reforçaram o ultimato na quinta-feira, quando passou a contar um prazo de 24 horas para que os filiados ao União Brasil entregassem cargos na gestão petista. Diante da crise, Sabino informou pessoalmente a Lula que deixará a ministério nos próximos dias.