O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, recebeu nesta terça-feira 16 o visto diplomático dos Estados Unidos e poderá integrar a comitiva do presidente Lula (PT) na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, que acontecerá na semana que vem, em Nova York.
A liberação foi confirmada pelo Itamaraty, após semanas de impasse. O documento havia sido revogado em agosto pelo governo norte-americano, no contexto de sanções impostas por Donald Trump a autoridades brasileiras.
O Departamento de Estado vinha restringindo a entrada de envolvidos em políticas consideradas controversas, como o programa Mais Médicos, criticado por Washington por supostamente financiar Cuba por meio da contratação de médicos estrangeiros.
Além de Lewandowski, outros integrantes do governo e do Supremo Tribunal Federal foram alvos do cancelamento de vistos. Entre eles, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que ainda aguarda autorização, e magistrados do STF como Alexandre de Moraes.
Segundo o acordo firmado em 1947 entre as Nações Unidas e os Estados Unidos, o país-sede é obrigado a conceder vistos a todas as delegações oficiais sem demora ou custo adicional.
Com o aval, Lewandowski deve embarcar com Lula no domingo 21. O Brasil, como de praxe, abrirá os discursos da Assembleia-Geral, em 23 de setembro, seguido pelos Estados Unidos.