Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal aproveitaram os últimos minutos do julgamento do núcleo crucial da trama golpista, quando as condenações já haviam sido anunciadas, para elogiar as Forças Armadas. Eles ressaltaram ter punido militares, não as instituições.
Na lista de condenados estão o ex-capitão Jair Bolsonaro (PL), os generais Walter Braga Netto (PL), Augusto Heleno e Paulo Sergio Nogueira, o tenente-coronel Mauro Cid e o almirante Almir Garnier.
O ministro Flávio Dino iniciou o afago nas Forças. “Renovando minhas saudações, Forças Armadas, ministro da Defesa, comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica. Minha deferência, meu respeito. Neste caso, estamos julgando membros das Forças Armandas, não a instituição.”
Decana da Primeira Turma, Cármen Lúcia afirmou que a Corte aplicou a lei a pessoas, não às Forças. “Instituições como as Forças Armadas se mantêm em sua integridade, em sua eficiência, em sua necessidade e, portanto, o que cada um faz é a responsabilidade, inclusive penal, de cada um.”
Relator da ação penal sobre a tentativa de golpe, Alexandre de Moraes disse ter “admiração e apreço” pelas Forças. “Durante este processo, houve todo o apoio institucional dos comandantes das Três Armas. Da mesma forma, do ministro da Defesa. E todos sempre ressaltaram a mesma coisa: não devemos confundir as Forças Armadas com integrantes que eventualmente se desvirtuaram. As Forças são um patrimônio nacional.”