A Al Jazeera informou nesta terça-feira 12 que quatro de seus jornalistas morreram em um recente ataque israelense em Gaza, e não cinco como havia afirmado inicialmente, pois um deles era um trabalhador independente.
A emissora catariana havia informado inicialmente que seus correspondentes Anas al Sharif e Mohammed Qreiqeh, e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa, haviam morrido no bombardeio israelense de domingo.
No entanto, em uma retificação publicada em sua página na internet em inglês, a Al Jazeera esclareceu que Moamen Aliwa trabalhava como cinegrafista independente e acrescentou que um sexto jornalista morto no ataque, Mohammed al Khalidi, também era autônomo.
“Uma versão anterior desta notícia informou sobre a morte de cinco funcionários da Al Jazeera assassinados por Israel. O número de jornalistas da Al Jazeera assassinados por Israel foi de quatro”, dizia o comunicado da emissora.
O ataque contra os jornalistas na Cidade de Gaza, no norte do território palestino, provocou indignação e condenações por parte da comunidade internacional.
O Exército israelense confirmou que havia realizado um ataque contra Anas al Sharif, um conhecido correspondente da Al Jazeera de 28 anos, a quem classificou como “terrorista” que “se passava por jornalista”.
Com o bloqueio de Gaza, muitos meios de comunicação ao redor do mundo, como a AFP, dependem da cobertura fotográfica, de vídeo e texto fornecida por jornalistas palestinos.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou no início de julho que mais de 200 jornalistas haviam sido assassinados em Gaza desde o início da guerra, em outubro de 2022, entre eles vários da Al Jazeera.