Depois de percorrer festivais, o documentário Moacyr Luz, o Embaixador dessa Cidade, de Tarsilla Alves, aparecerá em breve em salas de cinema no Brasil. A estreia será em 21 de agosto.
Cantor e compositor, Moacyr Luz é um personagem do Rio de Janeiro e do samba. Além de cantar como poucos sobre o lugar em que nasceu e vive, circula bem por ambientes informais, como bares e ruas, e é um agitador da cidade. Essas faces são bem apresentadas no documentário.
O filme vai a lugares onde Moacyr Luz, o Moa, é figurinha carimbada. Um deles é o Pirajá, em São Paulo, um dos primeiros bares temáticos sobre o Rio na capital paulista e do qual o artista se tornou embaixador.
O longa passa pelo Samba do trabalhador, criado por ele no Clube Renascença, no Andaraí, zona norte do Rio, que agora completa 20 anos. A roda de samba às segundas-feiras começou de forma despretensiosa, mas cresceu e virou um ponto turístico. A capacidade agregadora de Moacyr a tornou um importante espaço cultural.
Na música, o filme mostra Moacyr com o Dobrando a Carioca, grupo composto com Jards Macalé, Guinga e Zé Renato. Há também entrevistas com intérpretes de suas músicas, como Maria Bethânia, Fafá de Belém, Zeca Pagodinho e Leila Pinheiro, além de histórias de Moa sobre a inesquecível parceria com Aldir Blanc.
Mas o melhor do filme são as andanças de Moacyr Luz pela cidade e pelos bares e as conversas com amigos. Ali se vê, de fato, uma figura incomum, sem padrões ou formalidades.
O documentário exalta um ser conhecedor dos encantos da cidade, mais localizados nos becos e nas vielas, longe das experiências “instagramáveis”.
Moacyr Luz, o Embaixador dessa Cidade é acima de tudo um longa-metragem divertido sobre a vida fora dos escritórios e da rede social.