Por ordem do Tribunal Superior Eleitoral, um oficial de justiça intimou na última quarta-feira 23 o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, sobre a obrigação de pagar, em até cinco dias, 24.552 reais.
Trata-se da multa referente a uma condenação no TSE no caso da reunião com embaixadores em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, na qual o então presidente atacou instituições e disseminou desinformação sobre o processo eleitoral.
Inicialmente, a Corte fixou uma multa de 20 mil reais por propaganda irregular, mas reajustou o montante de acordo com a atualização monetária e os juros. O TSE também tornou Bolsonaro inelegível por oito anos no processo dos embaixadores por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Também na quarta 23, uma oficiala de justiça cumpriu a ordem do Supremo Tribunal Federal e intimou Bolsonaro a respeito da abertura da ação penal contra ele e outros réus envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022.
O ex-capitão segue sem previsão de alta da UTI, após passar por uma cirurgia abdominal de 12 horas em 13 de abril. Segundo o médico-chefe da equipe que conduziu a operação, Cláudio Birolini, foram necessárias duas horas para acessar a cavidade abdominal, além de quatro ou cinco horas para liberação de aderências. Na segunda etapa, a equipe iniciou a reconstrução da parede abdominal.
Bolsonaro foi hospitalizado após passar mal no início de sua viagem ao Rio Grande do Norte, em 11 de abril. No mesmo dia, o STF abriu oficialmente a ação penal contra ele e mais sete envolvidos na trama golpista.