A taxa de empreendedorismo no Brasil alcançou 33,4% em 2024, a maior registrada nos últimos quatro anos.
O dado é do Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2024), pesquisa conduzida pelo Sebrae em parceria com a Anegepe.
Segundo o estudo, cerca de 47 milhões de brasileiros estão envolvidos em atividades empreendedoras neste ano.
Além disso, 13,3% dos negócios abertos em 2024 foram criados por pessoas com mais de 55 anos.
Fatores que impulsionam o empreendedorismo
De acordo com o mentor empresarial André Minucci, o crescimento está ligado à maturidade dos empreendedores.
Entre os fatores citados estão a digitalização dos negócios, a ampliação do acesso à informação e o uso do marketing digital.
Minucci destaca que pequenos e médios empreendedores estão mais preparados para estruturar suas operações e disputar mercado.
Empreender por escolha ou por necessidade
A pesquisa mostra que o avanço do empreendedorismo no Brasil ocorre tanto por necessidade quanto por oportunidade.
Parte dos brasileiros opta por empreender diante da falta de vagas no mercado formal.
Por outro lado, cresce o número de pessoas que escolhem abrir um negócio como estratégia de crescimento profissional e financeiro.
Minucci aponta que o planejamento e a capacidade de adaptação são diferenciais para quem deseja ter sucesso.
Segundo ele, negócios bem-sucedidos nascem da combinação entre boa gestão, acesso à mentoria e capacitação constante.
Setores com maior potencial de expansão
A expectativa é de que o mercado continue aquecido, com destaque para alguns segmentos.
Os setores mais promissores, segundo especialistas, são tecnologia, educação, serviços financeiros e economia criativa.
Esse movimento aponta para uma economia mais dinâmica e aberta à inovação.
Mudanças no perfil do empreendedor brasileiro
O estudo GEM 2024 também mostra uma transformação no perfil do empreendedor.
A participação feminina tem crescido e o uso de tecnologias digitais se tornou mais comum na gestão dos negócios.
Além disso, mais brasileiros estão buscando formação antes de iniciar uma atividade empreendedora.
A educação empreendedora passou a ter papel relevante no planejamento e execução dos novos negócios.
Políticas públicas apoiam novos negócios
O ambiente regulatório também tem influenciado positivamente o avanço do empreendedorismo no país.
Programas de acesso ao crédito, medidas de desburocratização e incentivo à inovação têm criado condições mais favoráveis.
Essas políticas públicas contribuem para o surgimento de negócios mais sustentáveis e competitivos.
Capacitação e rede de contatos são estratégias decisivas
Para sustentar o crescimento, é necessário investir em capacitação contínua e networking estratégico.
Conhecer o mercado, desenvolver habilidades de gestão e estabelecer conexões são pontos-chave para o sucesso.
Empreender requer mais do que uma boa ideia. Planejamento e execução eficiente fazem a diferença no longo prazo.