'não vou sair' – Política – CartaCapital

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, neste domingo 16, que vá deixar o Brasil para fugir de uma possível condenação por parte do Supremo Tribunal Federal pela trama golpista. Ele ainda afirmou que vai continuar sendo um problema para o “problema” para o STF “preso ou morto”.

“O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, disse em seu discurso em um ato pela anistia aos golpistas do 8 de Janeiro realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro.

O ato contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e o de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil).  Um dos principais apoiadores de Bolsonaro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não participou da manifestação.

Em seu discurso, Tarcísio criticou o governo Lula e questionou a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral a Bolsonaro; “Qual a razão de afastar Jair Bolsonaro das urnas? É medo de perder a eleição, e eles sabem que vão perder?”, afirmou o governador.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Mauro Pimentel/AFP

Também foram à manifestação Eduardo e Flávio Bolsonaro, filhos do ex-capitão. Mais cedo, Flávio voltou a criticar a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. “É um passo importante [a manifestação] para nós começarmos a derrotar o ‘alexandrismo’, que é o que ele está fazendo”, afirmou.

O senador ainda disse que o ministro está “rasgando a Constituição” e que teria inventado “o seu próprio Código Penal”. Moraes é o relator da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e mais 32 investigados pela trama golpista.

O pastor evangélico Silas Malafaia também subiu o tom contra Moraes, chamando o ministro de “ditador” e “criminoso”. “Está extrapolando todas as leis do nosso país. É uma verdadeira perseguição política como a gente nunca viu na história do nosso país”, disse.

Uma das principais ausências é a da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que justificou que não iria ao evento por não receber liberação médica após passar por um procedimento estético.

A manifestação acontece às vésperas da Primeira Turma do Supremo decidir se torna ou não Bolsonaro réu pela trama golpista. O colegiado marcou para o dia 25 de março o julgamento das denúncias da Procuradoria-Geral da República. São atribuídos cinco crimes ao ex-presidente:

  • Liderança de organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da união; e
  • deterioração de patrimônio tombado.

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