A Justiça britânica julgará, nesta segunda-feira 20, um recurso que poderá evitar a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos.
O fundador do WikiLeaks responde acusações de espionagem pelo vazamento de documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas norte-americanas, particularmente sobre a atuação dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
O fundador do WikiLeaks enfrenta um pedido de 175 anos de prisão neste caso, que se tornou um símbolo de ameaças à liberdade de imprensa.
O julgamento foi suspenso em março após os juízes britânicos solicitarem garantias de que o ativista australiano teria o direito de invocar a Primeira Emenda da Constituição norte-americana. O item protege a liberdade de expressão, evitando a condenação à pena de morte.
Caso a resposta não convença o Supremo Tribunal de Londres de que Assange não será condenado à pena capital, a sentença de extradição aprovada ainda em junho de 2022, poderá ser revertida pela corte britânica.
Na hipótese das garantias americanas serem consideradas satisfatórias pelo tribunal nesta segunda-feira, Assange ainda poderá recorrer da extradição ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.