O Exército brasileiro vai instaurar um Grupo de Trabalho (GT) para identificar e propor mudanças no setor de Operações Especiais, dos kids pretos. A decisão é após membros do grupo de militares serem acusados de envolvimento na articulação pró-golpe em 2022.
Em nota, o Exército afirmou que a medida busca “propor ações voltadas ao aprimoramento da capacidade de Operações Especiais”. Além disso, negou que a criação do GT tenha qualquer relação com o envolvimento de militares na trama golpista.
“A criação do GT não tem motivação específica e atende ao Planejamento Estratégico do Exército 2024-2027”, afirmou. Os trabalhos deverão ser concluídos até o final do mês de março de 2025, podendo serem prorrogados, caso necessário.
Apurações da Policia Federal apontaram que militares kids pretos ficariam responsáveis por executar um plano para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, o presidente Lula (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB). Os militares Mário Fernandes e Rodrigo Bezerra de Azevedo foram presos pela PF no mês passado durante a Operação Contragolpe.
Os kids pretos são treinados para atuar nas missões sigilosas, em ambientes hostis e politicamente sensíveis. Eles integram a chamada “elite” da Força Armadas. Os militares recebem esse apelido por utilizarem gorros pretos em operações.