Há quem busque resolver problemas geopolíticos com extensas negociações e ponderação, como manda a cartilha da boa diplomacia. Há, por outro lado, quem apele para ataques armados, como no atual conflito entre Rússia e Ucrânia. E há quem tente solucionar na confronto cara a cara.
É o caso, ou ao menos, a promessa, do empresário Elon Musk e do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Na última terça-feira 30, Maduro, enfrentando forte pressão internacional por conta do resultado das eleições venezuelanas, provocou o empresário.
“[Musk] quer controlar o mundo, já controla a Argentina […] Você quer briga, Elon Musk?”, questionou Maduro. “Estou pronto, sou filho de [Simón] Bolívar e [Hugo] Chávez, não tenho medo de você”, disse Maduro, em postagem nas redes sociais.
Musk, que é dono da rede X – o antigo Twitter –, respondeu ao pedido, dizendo “aceito”. Em seguida, ao comentar o com seguidores, Musk disse que “ele [Maduro] vai amarelar”.
Na sequência, Musk chegou a dizer que levaria o presidente venezuelano até Guantánamo, a prisão norte-americana incrustada no sul de Cuba. “Te levarei a Gitmo [uma abreviação de “Guantánamo”] em um burro”, disse o empresário.
Enquanto isso, a Venezuela enfrenta uma onda de protestos, tanto por apoiadores de Maduro que respaldam o resultado, como por opositores que questionam o resultado.
Segundo o Observatório Venezuelano de Conflitos Sociais, mais de trezentas manifestações já aconteceram no país, desde o último final de semana. Centenas de pessoas já foram presas, incluindo o líder do partido Vontade Popular (de oposição), Freddy Superlano.
Segundo as ONGs Foro Penal; Justiça, Encontro e Perdão; e Laboratório de Paz, doze pessoas já morreram nos protestos recentes na Venezuela.