A mais recente propaganda partidária do MDB com o vice-governador Geraldo Júnior tem gerado revolta na sociedade e no meio político. Isso porque, na propaganda, ele aparece como “defensor do meio ambiente” e critica a falta de áreas verdes em Salvador.

No entanto, a preocupação com a causa ambiental parece ter ficado apenas na propaganda, já que Geraldo Júnior chegou a fazer diversas articulações enquanto presidente da Câmara de Vereadores de Salvador para a aprovação de medidas que eram contrárias ao meio ambiente.

As mudanças, porém, foram vetadas pela Prefeitura, o que gerou descontentamento do emedebista com o Executivo Municipal.

Os próprios vereadores e ex-colegas de legislativo de Geraldo Júnior procuraram o site Política Livre para falar sobre a indignação deles com o conteúdo da publicidade.

Ainda de acordo com o site, no período em que Geraldo Jr. foi presidente da Câmara Municipal, foi aprovada a desafetação de 22 terrenos em Salvador, sendo que, destes, sete eram áreas verdes.

Muitas das alterações, coordenadas pelo emedebista, visavam flexibilizar medidas de proteção ambiental na capital baiana. As decisões legislativas chamaram tanto a atenção que o Ministério Público Estadual chegou a ingressar com uma ação contra as mudanças promovidas nas leis ambientais pela Câmara na época, muitas flexibilizando normas de proteção ambiental e mesmo permitindo a redução de áreas verdes em Salvador.

Em 2020, a prefeitura, ainda na gestão do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), havia encaminhado a proposta à Câmara com apenas um artigo. A matéria, no entanto, foi alterada e aprovada com 33 novos dispositivos, sendo que 14 deles foram vetados pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), sob o argumento de que ameaçavam o meio ambiente da capital baiana.

Um dos projetos alterados fazia modificações na Área de Proteção de Recursos Naturais (APRN) de Pituaçu. Ao vetá-lo, a Prefeitura alegou que a mudança requeria estudos técnicos e audiências públicas. Outros artigos vetados também promoviam alterações em Zonas de Uso Especial (ZUEs), que estão previstas no PDDU e na LOUOS. Contudo, este tipo de alteração exige estudos técnicos, audiências públicas e participação popular, o que não ocorreu.

O projeto aprovado com articulação do então presidente da Câmara ainda promovia mudanças na Zona de Proteção Ambiental (ZPAM) no Abaeté, alterava o mapa do Parque Ecológico do Vale Encantado e também tratava de alteração sobre supressão de vegetação em áreas públicas, privadas e de uso condominial no Bioma Mata Atlântica.

Todas foram vetadas pelo prefeito Bruno Reis por serem ilegais e por representarem ameaças ao meio ambiente de Salvador.

Fonte: AloJuca

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